Por Juliana Starosky
Pedro é um profissional de seus 47 anos de idade, é casado e tem 3 filhos.
Nascido no interior do estado do Rio Grande do Sul, teve sua infância no sítio de seus pais. Desde criança, sempre teve o sonho de se mudar para a cidade grande e estudar em uma universidade reconhecida.
Seu sonho, era se formar em Engenharia Elétrica e chegar em algum dia como Diretor de Fábrica, nunca idealizou o tamanho e nome da empresa onde estivesse e sim, em ser reconhecido.
Pois bem, tendo estudado em escola pública não era um bom aluno, dentro dos padrões que tiram notas boas, era mediano e se destacava por ter facilidade em se relacionar com todos à sua volta, sua comunicação era fantástica.
Pedro cresceu, com 18 anos de idade ele sai da cidade do interior e vem para São Paulo. Para poder se sustentar se tornou caixa de supermercado, depois de muito procurar e foi complicado porque não possuía experiência profissional ainda.
Durante à noite se dedicava aos estudos e prestou vestibular mais cinco vezes para o curso de Engenharia Elétrica em uma universidade pública. Seus pais pediam para que ele retornasse para sua cidade, mas Pedro comentou que tentaria mais uma vez. E, então foi quando sua tão sonhada aprovação surgiu.
Ele, nessa época focou todo seu tempo aos estudos e não podia sair à noite com os amigos porque não lhe sobrava dinheiro, suas roupas eram repetidas e às vezes precisava devolver alimentos no caixa do supermercado.
Mas, para ele seu objetivo de conseguir se formar, estava tão claro que todas as dificuldades eram ressignificadas.
Depois de dois anos de curso, finalmente conseguiu um estágio em uma indústria nacional do qual o filho do presidente era seu colega de classe.
Pedro se dedicou imensamente ao estágio, mesmo ganhando pouco mais, não caia na tentação dos amigos para sair em festas a todo momento e gastar o que ganhava, como seus amigos faziam e no final do mês precisavam ainda pedir dinheiro para os pais. Pedro ao contrário, jamais foi ajudado por seus pais, porque eles não tinham condições financeiras para isso.
Ele conheceu sua atual esposa em uma sessão de cinema, estavam na fila da pipoca, batendo um papo tiveram sinergia, trocaram telefones e o relacionamento continua até hoje.
Durante o ano de 2008, sua vida teve uma grande reviravolta, seu pai estava doente e havia falecido. Apesar da distância, os dois eram grandes amigos e essa notícia mexeu muito com o estado emocional de Pedro. O período de luto foi intenso, mas ele teve apoio a todo momento de sua esposa que é uma grande parceira.
Bom, Pedro nesse momento já não é mais um estagiário e esta formado e com alguns anos de empresa. Ele, conhece todos os processos e pessoas que ali estavam. Atualmente, é um Gerente de Engenharia de muito respeito e reconhecimento que dava bom dia da auxiliar de limpeza ao presidente. Permaneceu fiel a empresa mesmo com as tentações de headhunters que o procuravam para propostas quase irrecusáveis. Contudo, o que motivava Pedro não era salário e sim, reconhecimento.
Em meados de 2010, o presidente decide substituir o Diretor de Fábrica, chegou abrir o processo seletivo com uma consultoria famosa de executive search, e avaliou mais de 15 candidatos, mas nenhum deles eram encantador e conhecedor do seu negócio, quanto Pedro, que estava ali desde estagiário.
E, então o presidente tem consciência conversando com outro amigo executivo de mercado que ele deveria investir em Pedro. Contudo, precisava desenvolver certas competências. Foi então, que cancelou o processo com os headhunters e seguiu com o seu Plano B. Contratou um consultor de carreira recomendado por seus amigos.
Foram então, desenvolvidas as competências de Pedro com ferramentas profissionais alinhadas a sua necessidade. Pedro, se empenhou 100% mesmo não sabendo o motivo de tal ação.
O presidente estava muito ansioso e queria um prazo do consultor, para que ele pudesse comunicar a promoção, mas o consultor jamais foi imaturo de dar um prazo, porque isso dependeria mais dos insights e mudanças de hábitos de seu cliente.
Foi então, que depois de 1 ano de muito trabalho e total empenho de seu cliente, que não terceirizou o que era de sua responsabilidade, o consultor comunica ao presidente que agora sim a promoção poderia ser oferecida a Pedro.
E, foi então que Pedro foi chamado a sala do presidente e com honras teve seu sonhado reconhecimento e agora ele era um Diretor de Fábrica.
Naquele exato momento o tempo congelou, e um filme passou em sua mente, desde quando era garotinho, até todas as dificuldades e renúncias que fez, para chegar até onde desejava. E muito consciente, sabe que tudo isso devia também a empresa que valorizou alguém internamente, ao invés de procurar no mercado.
Moral da história:
Quantos Pedros você conhece ou conheceu ao longo de sua carreira e vida? Talvez você seja até uma pessoa que tenha se identificado mas, não teve a sorte que ele teve de estar em um local de trabalho que verdadeiramente reconheça o valor de alguém que veste a camisa.
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Sobre a autora: Com experiência de 14 anos de experiência em Executive Search no Brasil e uma das maiores requisitadas no assunto carreira através do LinkedIn. Conheça um pouco mais sobre a minha trajetória, formação e atuação como profissional diferenciada: https://www.julianastarosky.com.br/sobre
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