O Desabafo de Carlos Tramontina: Por Que a Ilusão da "Empresa Família" nos Afeta
- Juliana Starosky
- 17 de out. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 18 de out. de 2023
Por Juliana Starosky
Hoje resolvi escrever sobre um post que gerou muito engajamento aqui no LinkedIn que foi um vídeo onde Carlos Tramontina fala sobre a consciência que tem hoje sobre mercado de trabalho, confira o engajamento.
No mundo da televisão, o nome Carlos Tramontina é uma referência. Por décadas, ele esteve à frente das câmeras como âncora e repórter da TV Globo, sendo uma figura conhecida em muitos lares brasileiros. No entanto, recentemente, um vídeo dele falando sobre sua demissão da Globo chamou a atenção, não apenas pelo impacto que teve em sua carreira, mas também pelas poderosas reflexões que trouxe à tona.
Confira abaixo:
No vídeo, Carlos Tramontina destaca algo que todos nós, em algum momento de nossas vidas, já ouvimos ou até mesmo internalizamos: a ideia de que a empresa é uma "família". Ele ressalta que nunca teve a ingenuidade de acreditar nisso, entendendo que, na realidade, as empresas têm um objetivo principal, que é gerar lucro. Ele reconhece que os negócios se reinventam e que estava preparado para isso. Essas palavras sinceras e corajosas tocaram profundamente as pessoas, e o vídeo rapidamente ganhou tração nas redes sociais, especialmente no LinkedIn.
Por que essas palavras ressoam tanto com as pessoas?
O desabafo de Tramontina toca em um ponto sensível que muitos de nós enfrentamos ao longo de nossas carreiras: a ilusão da "empresa família". Muitas vezes, quando ingressamos em uma empresa, somos recebidos com uma atmosfera calorosa e acolhedora, que nos faz sentir parte de algo maior. Isso é especialmente verdadeiro em organizações com uma cultura forte e valores compartilhados.
No entanto, é essencial lembrar que, no final do dia, as empresas são entidades comerciais com o objetivo de gerar lucro. Elas não são famílias, nem têm a capacidade de nos oferecer um ambiente de trabalho estável e seguro para sempre. A mudança faz parte do mundo dos negócios, e as empresas estão sempre se adaptando às circunstâncias econômicas e às demandas do mercado.
As palavras de Tramontina geram perguntas e reflexões importantes sobre como encaramos nossa relação com o trabalho e as empresas para as quais trabalhamos. Será que estamos colocando nossas expectativas em lugares errados? Será que estamos investindo muito emocionalmente em nossas carreiras, em detrimento de nosso bem-estar e equilíbrio entre vida pessoal e profissional?
O desabafo de Carlos Tramontina nos lembra da importância de vestir nossa própria camisa, ou seja, de cuidar de nossos interesses, expectativas e bem-estar enquanto trabalhamos para uma organização. Devemos ter em mente que, embora possamos encontrar camaradagem e um senso de pertencimento no trabalho, a empresa não é uma família no sentido real. É uma entidade que visa a lucratividade.
Este depoimento levanta algumas questões pertinentes:
1. Até que ponto os funcionários devem enxergar uma empresa como família?
2. Como equilibrar lealdade a uma organização e reconhecer sua natureza intrinsecamente lucrativa?
3. Em que momento a busca pelo lucro pode comprometer a integridade de uma empresa?
4. De que forma as empresas podem criar um ambiente de trabalho saudável sem mascarar sua principal motivação de lucro?
5. Você pode vestir a camisa da empresa, mas você está vestindo a sua também e planejando a sua carreira para frente?
6. Qual é o preço que se paga quando você deixa para última hora o controle de sua carreira?
7. Quem decide o que é melhor para minha carreira?
8. Após uma demissão, minha carreira acaba ou posso me reinventar?
9. Quais alternativas possuo para me reposicionar no mercado de trabalho ou seguir com um Plano B?
Nossa carreira é uma parte significativa de nossas vidas, mas não podemos esquecer de nos priorizar e manter uma perspectiva equilibrada. Ao refletir sobre as palavras de Tramontina, podemos encontrar uma motivação poderosa para definir nossos próprios objetivos e expectativas no mundo do trabalho.
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Grande abraço e uma boa semana!
Juliana Starosky
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