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O Crachá Cai, a Marca Fica - Por que muitos líderes só percebem o valor da marca pessoal após deixarem o cargo.

Por Juliana Starosky






“Mas Juliana, eu não gosto de aparecer.” “Nunca precisei disso antes, meu currículo sempre deu conta.” “Falar de mim mesma parece arrogante.” “Meu tempo é muito precioso para ficar postando no LinkedIn.” “Ah, mas quem se vende demais, normalmente entrega de menos.” "Quem fala sobre si, é visto com desconfiança."

Essas frases, confesso, já escutei tantas vezes que, se ganhasse R$1 por cada uma, já teria investido em mídia paga para todo mundo sair do anonimato.


Acontece que, hoje, não construir sua marca pessoal é a nova forma de se esconder do mercado. E nem sempre de propósito. Muitos gerentes, diretores e executivos com trajetórias brilhantes ficam à margem das oportunidades simplesmente porque nunca precisaram se comunicar de forma estratégica. Até precisarem.


E aí... bem-vindo ao susto.


Tenho um livro do Joe Pulizzi e me chamou muito a atenção, porque faz todo sentido quando falamos sobre marca pessoal.


Joe é o autor de Marketing de Conteúdo Épico e defende que toda marca (inclusive a sua) deve criar conteúdo com foco em um público específico, com constância, relevância e, o mais importante: gerando valor antes de tentar vender alguma coisa.

Uma das frases mais potentes do livro diz:

“Em vez de interromper o que as pessoas estão interessadas, seja aquilo em que elas estão interessadas.”

Essa lógica serve perfeitamente para você, executivo. Em vez de apenas reagir às movimentações do mercado, torne-se referência em sua área. Mostre ao mercado quem você é, o que você pensa, como lidera e quais transformações entrega.


Se tirarmos a palavra "conteúdo" e colocarmos "você", temos exatamente o mesmo desafio da marca pessoal. Afinal, construir uma reputação no mercado não tem a ver com postar qualquer coisa, e sim com ser lembrado pelas razões certas, por quem interessa.


Afinal, se o mercado não sabe quem você é, como ele vai saber que você é a resposta que ele procura?


O erro comum dos C-Levels


Existe um pensamento recorrente entre executivos que atendo na Starosky Consultoria:

“Juliana, fui diretor por anos... Achei que o mercado me conheceria.” “Sempre estive em destaque internamente, imaginei que seria fácil conquistar um assento em conselhos.” “Achei que meu nome falaria por mim...” .. "Fui CEO da empresa X, Y e Z, acreditei que isso me ajudaria a conquistar algo como consultorias ou conselho, mas nada acontece." 

E aqui está o ponto. Dentro da empresa, o cargo pesa. Mas fora dela, o que realmente sustenta sua relevância é a sua reputação autêntica e genuína, construída ao longo do tempo e visível ao mercado. Cargo e crachá são temporários. Marca pessoal, não. É o que falam sobre você, quando não está na sala.


Essa falsa sensação de que o nome e Ex - X, Y,Z (empresas por onde passaram) “já basta” é o que faz muitos executivos brilhantes se frustrarem ao sair da cadeira. As oportunidades de trabalho, mentoria, palestras ou conselhos não aparecem automaticamente. Elas aparecem para quem é percebido como referência. Para quem já vem construindo essa autoridade antes da transição.


A psicologia por trás do “medo de se mostrar”


Falar de si mesmo pode parecer arrogante para muitos, mas isso geralmente vem de dois pontos:


  1. Crenças antigas sobre humildade - “quem é bom não precisa dizer”

  2. Medo de julgamento - a famosa síndrome do impostor de terno e gravata


Sabiam que já ouvi algumas respostas sobre "Está aí no meu Currículo", "Falei tudo em meu livro, você não leu." ou "Está no meu perfil do LinkedIn, você não acessou?" - quando pergunto: "Me fale um pouco sobre você!"


Na prática, a dificuldade de falar sobre si vem da nossa educação, onde fomos ensinados a focar em resultado, não em narrativa. Mas o mercado de hoje quer os dois: quem entrega e quem sabe comunicar valor.


E o que fazer com isso?


Assim como um conteúdo épico precisa de tempo, testes e refinamento, sua marca pessoal também. Não adianta querer acelerar confiança. Confiança não tem atalho. Tem presença.

“Mas Juliana, já estou há 20 anos no mercado...” 

  • Ótimo. Então vamos transformar esses 20 anos em autoridade visível.


“Nunca precisei disso...” 

  • Perfeito. Mas o jogo mudou. E o silêncio agora tem um custo alto: esquecimento.


“Mas por onde eu começo?” 

  • Pelo básico: quem é você, o que te move e como você transforma empresas com o que faz. Depois, vem o planejamento de posicionamento, de conteúdo e de networking.


O que uma marca pessoal sólida entrega?


Uma marca pessoal bem construída não entrega apenas visibilidade. Ela abre portas muitas portas. Desde convites para entrevistas e participação em processos seletivos estratégicos até convites para palestrar, escrever artigos, ser mentor ou conselheiro.


Profissionais que investem de forma consistente em sua marca pessoal deixam de correr atrás de oportunidades e passam a ser procurados. Sua presença digital passa a trabalhar por você, mesmo enquanto você dorme.


E o melhor: tudo isso sendo você mesmo, com autenticidade e MUITA ÉTICA e Honestidade. Sem fórmulas prontas ou personagens, respeitando seu jeito de ser e seus valores.


Para finalizar


Marketing de conteúdo épico não é sobre vender o tempo todo. É sobre gerar valor. E marca pessoal também. A diferença é que, nesse caso, o produto é você.

Então da próxima vez que pensar: "mas eu não gosto de me expor", lembre que quem não fala por si, é definido pelos outros.

E como sempre digo: “Marca pessoal não é para agora. É para quando você mais precisar.” E quando precisar… já tem que estar pronta. É algo que leva tempo e precisa de consistência. 


Abraços, 


Juliana Starosky 

Fundadora

Starosky Consultoria


 
 
 

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