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"Eu Não Mereço Estar Aqui": A Síndrome do Impostor na Carreira.

Por Juliana Starosky


A Síndrome do Impostor é um fenômeno psicológico onde profissionais duvidam de suas conquistas e têm um medo persistente de serem desmascarados como uma "fraude". Apesar de não ser classificada como uma doença, essa experiência é um padrão comportamental que pode causar significativo estresse emocional e é amplamente discutido no contexto da psicologia comportamental.


Predominância entre Mulheres


Embora a Síndrome do Impostor afete tanto homens quanto mulheres, estudos indicam que é mais prevalente entre mulheres. Isso é frequentemente atribuído às normas sociais e expectativas de gênero que impõem às mulheres padrões mais elevados de competência e perfeição. A pressão para corresponder a esses padrões sem falhar ou mostrar incerteza pode levar muitas mulheres a sentir que não são verdadeiramente qualificadas para as posições que ocupam.


Várias atrizes famosas já falaram abertamente sobre suas experiências com a Síndrome do Impostor, refletindo como esse fenômeno é comum até mesmo entre as mais bem-sucedidas em suas carreiras. Aqui estão algumas delas:


  1. Emma Watson - Conhecida por seu papel como Hermione na série de filmes "Harry Potter", Emma Watson compartilhou em entrevistas como se sentiu uma impostora após o sucesso dos filmes, questionando sua própria habilidade e merecimento.

  2. Meryl Streep - Uma das atrizes mais aclamadas, Meryl Streep, já expressou dúvidas sobre seu próprio talento, apesar de seus múltiplos prêmios Oscar. Ela mencionou sentir como se fosse desmascarada a qualquer momento.

  3. Viola Davis - Viola Davis, outra renomada atriz e vencedora do Oscar, falou sobre lutar contra a Síndrome do Impostor, especialmente em ambientes dominados por pessoas que não se parecem com ela.

  4. Natalie Portman - Durante um discurso em Harvard, Natalie Portman confessou que sentiu que não merecia estar na prestigiada universidade, mesmo após ter atuado em filmes de sucesso.


Implicações na Carreira

No ambiente de trabalho, a Síndrome do Impostor pode sabotar a sua carreira, cuidado!. Profissionais que apresentam esse comportamento, podem frequentemente atribuir as suas conquistas a fatores externos como sorte ou ajuda de outros, em vez de suas próprias habilidades e esforços. Isso não apenas mina a autoconfiança, mas também pode impedir que busquem oportunidades de avanço devido ao medo de falharem ao assumirem mais responsabilidades.


Mulheres X Mercado de Trabalho = A Impostora

Quero falar um pouco sobre o que LinkedIn publicou, um relatório que chamou de "Gender Insights Report". Este documento revela diferenças significativas entre homens e mulheres na procura por empregos, destacando que, apesar das oportunidades parecerem igualmente atraentes para ambos os sexos, existem discrepâncias notáveis no comportamento de candidatura e nas taxas de sucesso entre os gêneros.


O relatório aponta que homens e mulheres demonstram interesse semelhante em novas vagas—88% das mulheres e 90% dos homens estão abertos a novas oportunidades. Porém, enquanto homens se candidatam a vagas mesmo atendendo apenas a 60% dos requisitos, mulheres tendem a aplicar somente quando cumprem 100% deles. Isso resulta em mulheres se candidatando a 20% menos vagas do que os homens. Essa diferença não só realça a pressão adicional sobre as mulheres para provar seu valor, mas também pode refletir uma maior insegurança ou exigência pessoal.


Adicionalmente, o relatório mostra que as mulheres têm 26% menos probabilidade de solicitar uma referência, mesmo quando possuem conexões dentro da empresa, apesar das referências serem um fator crucial nos processos de contratação. Apesar dessas barreiras, as mulheres têm uma probabilidade maior de serem contratadas quando se candidatam—16% mais chance do que os homens para vagas em geral e 18% mais para cargos de alto nível.


Outro dado alarmante é que os perfis masculinos no LinkedIn são visualizados com mais frequência do que os femininos. Recrutadores são 13% menos propensos a clicar em perfis de mulheres e 3% menos propensos a enviar mensagens após a visualização. Esses números revelam uma disparidade que pode impactar significativamente a busca de emprego para mulheres, mesmo em campos altamente qualificados.


Abordagens Psicológicas

Do ponto de vista psicológico, a Síndrome do Impostor é vista mais como um fenômeno relacionado à autoimagem e à autopercepção do que uma condição clínica. Técnicas como terapia cognitivo-comportamental são frequentemente recomendadas para ajudar indivíduos a reconstruir suas percepções de competência e sucesso, ensinando-os a internalizar suas conquistas e a desenvolver uma autoimagem mais positiva. 


Estratégias de Enfrentamento


1. Reconhecimento e Aceitação: Reconhecer os pensamentos associados à síndrome e entender que eles são uma reação comum pode ajudar a diminuir seu impacto.

2. Diálogo Interno Positivo: Mudar a narrativa interna de autocrítica para autoapoio é crucial. Praticar a autoafirmação pode reforçar a crença nas próprias habilidades.

3. Discussão Aberta: Conversar sobre esses sentimentos com mentores, colegas ou um terapeuta pode proporcionar perspectivas externas que validam as competências e contribuições do indivíduo.


A Síndrome do Impostor não é apenas uma questão pessoal, mas um desafio profissional que necessita de atenção. Cultivar um ambiente de trabalho que promova a discussão aberta sobre inseguranças e falhas pode ajudar a mitigar esse fenômeno, incentivando todos a sentir que seus sucessos são bem merecidos. Também, é fundamental que você busque investir em seu autodesenvolvimento, sempre! 


Quem sou:

Olá pessoal,


Me chamo Juliana Starosky, mãe do Gabriel de 12 anos e casada com o André Moser. Em 2012, fundei a Starosky Consultoria com um propósito claro: equilibrar a vida profissional e pessoal de Gerentes e Executivos, colocando-os no radar do mercado para que sejam vistos e lembrados, seja para o Plano A ou B. Meu foco principal é você, profissional!


Sou muito procurada por brasileiros em todo o mundo e isso me motiva a oferecer um serviço personalizado e comprometido. Na Starosky Consultoria , adotamos uma abordagem customizada, pois acredito que cada ser humano é único! Comprometo-me a compreender suas necessidades específicas, garantindo um atendimento individual e livre de julgamentos.


Acredito que os resultados dos projetos que desenvolvo vêm da escuta atenta do cliente, combinada com minha experiência profunda do comportamento humano e mercado de trabalho, empatia e abordagem prática. Minha formação em Psicologia pela FMU-SP, aliada a especializações em carreira, vendas, marketing, negócios e comportamento humano, me capacitaram para esse trabalho tão significativo.


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