6 coisas que não te contaram sobre um processo seletivo.
- Juliana Starosky
- 23 de jan. de 2023
- 7 min de leitura

Por Juliana Starosky
Olá, sou Juliana Starosky a Headhunter de sua carreira e hoje vou falar sobre 6 coisas que não te falam sobre um processo seletivo com o olhar dos bastidores do mercado de trabalho.
Você sabia que quando uma vaga é aberta por uma empresa é porque se trata das seguintes situações:
Abertura de uma vaga nova (não existe ninguém ainda na função);
Substituição (um profissional será demitido e estão buscando alguém para o lugar dele);
Profissional pede demissão por conta própria e a empresa precisa encontrar alguém para ocupar seu cargo, até então vago.
Mas, o que você pode não ter consciência é que quando essa vaga é aberta como uma empresa pode olhar os profissionais no mercado:

1. O Recrutador tem a função de sentar com o “dono da vaga” e recolher informações sobre que perfil ele deseja, normalmente o “dono da vaga” pode solicitar pré-requisitos que nem sempre são necessários, ou então, itens que suprem o gap da área. O Recrutador pode ter uma relação próxima com o seu cliente interno “dono da vaga” e apontar direcionamentos sobre o que esta sendo solicitado de imediato, ou então ao logo do processo seletivo. Exemplo: “Olha, você está buscando um Gerente Nacional de Vendas com experiência no mercado da Indústria de Bens de Consumo – Alimentos e Bebidas, está oferecendo o teto de R$ 15k mês, porém o mercado para esse perfil já está com R$ 20k, o que acha que podemos negociar aqui, talvez a questão de buscar aqui.”

2. O Dono da Vaga: essa é uma expressão usada para apontar a quem o profissional irá se reportar na empresa após ser contratado. É o profissional que tem uma necessidade X e precisa de alguém que a faça. Existem vários tipos de “donos da vaga”. Exemplos: O inseguro: aquele que tem medo que o novo profissional exponha seus pontos a desenvolver, então a pessoa contratada não pode ser melhor do que ele. Temos o líder mente aberta: aquele que acaba contratando alguém melhor do que ele, para ser desafiado e aprender junto com sua equipe. Temos o que quer contratar alguém bom de mercado, mas seu orçamento é muito baixo para trazer o melhor. Além, do que não sabe o que procura, ele acha que precisa de um profissional X, mas procura Y e não aceita ser questionado por isso. Ah, temos também os que precisariam de um “divã” porque usam o processo seletivo para “menosprezar” quem está avaliando novos desafios de carreira, talvez isso o faça sentir melhor no final do dia, não sei – talvez Freud explique.

3. A empresa: uma empresa é feita de mesas e cadeiras, quem dita as regras são as pessoas. Mas, nem todas são assim, infelizmente e os “donos das vagas” e “recrutadores” precisam seguir as regras de cargos e salários e perfis alinhados a sua cultura na busca por talentos no mercado de trabalho. Algumas empresas são regidas por CPFs ao invés de seu próprio CNPJ. Resumindo: RHs e lideranças precisam atender a vaidade de quem decide e não dar opinião, mesmo sabendo que o negócio pode crescer, se o “dono” não quiser, assim terá que ser feito. Quantos profissionais nas empresas você conhece que são “empreendedores internos”, se desmotivam e pedem demissão por falta de reconhecimento? Inúmeros, não é mesmo! É que infelizmente, estão no lugar errado, essa empresa não valoriza mente criativa, simplesmente porque não quer crescer e está bem onde está. Ah, sim “bem” – tipo: tendo prejuízos financeiros, pagando bônus para os executivos, sem investir em crescimento através de pessoas que façam seu negócio crescer financeiramente.

4. O candidato: temos no mercado de trabalho, todo tipo de candidato: aquele que veste a camisa e sabe o que quer, quando faz entrevista consegue demonstrar seu valor e nem sempre o seu valor esta alinhado ao momento da empresa. O que é o momento da empresa? É a situação dela, às vezes a empresa esta bem financeiramente falando e às vezes não! Não se iluda que as multinacionais são as que sempre estão bem no mercado de trabalho e as que pagam melhor, já vi ao longo desses 18 anos empresas que nunca tinha ouvido falar, pequenas e médias nacionais remunerando e motivando mais seus profissionais, porque reconhecem o valor de um talento e você acaba não sendo apenas mais um no meio de milhares que fazem parte do grupo. Temos o candidato que está no meio do caminho, sabe o que quer mas fica “em cima do muro” quando uma oferta de trabalho bate em sua porta: ele até participa do processo seletivo mas não sabe se deve aceitar ou permanecer onde está, pois tem dificuldade de avaliar os prós e contras para decidir com mais exatidão e arriscar. Temos o candidato que esta disponível no mercado de trabalho porque foi desligado por vários motivos: juniorização da empresa, redução de custos, não agradou o ego do seu líder, não performou como esperado, não bateu a meta, tem questões comportamentais que não se alinham a cultura do negócio (contratação errada).

5. O Headhunter: esse é o profissional que presta serviços para uma empresa que esta em busca de um talento e que é o terceiro da lista na busca do profissional ideal para seu cliente. Muitas vezes ele fala com o RH que falou com seu cliente interno na busca do profissional e com sorte consegue falar com o “dono da vaga” para desatar o nó do que realmente o “dono da vaga procura” e ao invés de “competir” com o RH, o ajuda a acelerar a busca e trazer o profissional adequado para a empresa. Fica mais fácil para o headhunter fazer esse papel de mentor porque ele não está no dia a dia com o “dono da vaga” tem um olhar mais racional e menos emocional do processo, também porque não faz parte da empresa onde esse RH se encontra. Ao olhar o mercado esse headhunter irá “caçar” como chamamos, profissionais que tenham o CHAVE – conhecimentos, habilidades, atitude, valores e emoção alinhados ao seus dois clientes – a empresa e o “dono da vaga”. Ele irá fazer uma varredura no mercado e nem sempre pode abrir o nome do cliente porque existem profissionais que quando sabem quem é a empresa acabam indo direto nela para se apresentar, o que algumas vezes gera um desconforto por parte da empresa que pagou uma consultoria para fazer esse processo de busca. A “rádio peão” na empresa acaba se aquecendo e as pessoas ficam “Nossa, mas a empresa está buscando um Gerente Financeiro! Então, o Pedro que ocupa esse cargo vai ser demitido?”. Quando na verdade a empresa esta ampliando e precisa de mais um Gerente Financeiro, então até explicar é melhor trazer o João e apresentar, juntamente com a presença do Pedro.

6. A parceria que dá muito certo entre: o Recrutador, Dono da Vaga, Empresa, Candidato e Headhunter – Quando todos estão conscientes de sua função e se somam para um objetivo comum o sucesso é o resultado final.
Ufa! Viu só a quantidade de gente envolvida em um processo seletivo para decidir sobre a contratação de apenas um profissional? Claro, não estou falando dos casos de vagas que são quase uma “gestação” duram meses o RH esquece de dar feedback e aquecer o profissional e esse profissional desiste do processo ou acaba sendo contratado por outra empresa.
Espero ter ajudado você a compreender um pouco como funcionam os bastidores de um processo seletivo, para que você tenha consciência de que esse processo não tem poder apenas de uma pessoa na escolha de um talento no mercado de trabalho e que é fundamental você profissional saber seu valor, gerar sua marca para o mercado para que consiga em apenas 30min se apresentar adequadamente em um processo seletivo.
Já perdi a contagem das inúmeras vezes que um profissional diz: “Mas, Juliana eu não conheço X atividade” e quando exploro sua experiência consigo extrair que ele tem sim não só conhecimento como experiência e com casos de sucesso. Quando você diz na entrevista: “Eu não sei, não tenho total experiência” – feche os olhos e imagine alguém rasgando o seu Currículo, sim porque na hora existe uma grande chance de você não evoluir no processo seletivo. Claro, que não vale mentir formação, idiomas e experiências que você nunca teve, se coloque no lugar de quem contrata, você gostaria que alguém fizesse o mesmo com você?
Bom, fico por aqui e até uma próxima com novos conteúdos para ajudar você em seu desenvolvimento e posicionamento no mercado de trabalho, seja internamente em sua empresa, aqui no Brasil ou em outro país. O fundamental, é saber o que você quer e ir atrás com estratégias, foco e perseverança. Buscar algo novo dá muito trabalho e pode levar um curto, médio ou longo prazo na busca, até uma promoção interna, mas é fundamental “vestir a sua camisa” e olhar as possíveis oportunidades que passam em sua frente.
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"Se você pode sonhar, você pode fazer."
Walt Disney
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Fundadora da Starosky Consultoria de RH desde 2012 | Headhunter | Mentora em Recolocação & Transição de Carreira |+ 3mil assessorados | + 15 anos em Executive Search |+ 44k seguidores |+ 27k conexões e 171 artigos publicados
Possui experiência em mais de 15 anos em Executive Search na busca por Gerentes e Diretores no Brasil, com mais de 10 mil entrevistas já realizadas e mais de 3mil talentos assessorados em seus desenvolvimentos de carreira. Presente no LinkedIn desde 2007, possui mais de 44 mil seguidores. Em 2008 criou um Blog para auxiliar profissionais que precisavam de ajuda para melhor se posicionarem no mercado de trabalho. Saiba mais: clique aqui
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